Neo Earth - California Dias Atuais. - Area Externa do Vault 998

Eles corriam pelos corredores, tropeçando no que havia por la. Corpos, viceras, moveis quebrados, gosmas. sangue. O cheiro putrefe ia aliviando conform iam subindo os andares entre tropeções e quedas. Por um largo periodo apenas o som da respiração de ambos se escutava. O ofegar desesperado entre os paços que trocavam na tentativa de chegar ao final. Os guinchares, cheiros putrefes e fumaça iam ficando para tras.. Chegavam ao antigo Hall, paredes destruidas, andares desabados. Escalavam entre as pedras com rastros de sangue.. a luz começava a entrar por espaços do teto. E pela altura, provavelmente era por onde os Sleens entravam tambem. Chegavam até a porta de metal, Adam jogava o corpo contra ela.. Abbe seguia no vacuo. Chegavam ao lado de fora. O sol escaldante de 37º queimava refletido no chao de terra vermelha. Kilometros de terra batida e pedras compunham o ambiente do que era a antiga São Francisco:

Agora se resumia a isto:

Noel estava parado do lado de fora. Pablo estava demorando muito. O pequeno começava a ficar peocupado com a ausencia do Mexicano. Não podiam demorar muito a voltar.. quando a noite caisse ficaria perigoso permanecer a ceu aberto com os Westlanders. Tamborilava os dedos na calça surrada, protegendo-se do sol, sob a sombra de uma pedra. Até escutar o ruido estrondoso da porta. Os olhos azuis voltaram-se para o local a tempo de ver um homem com um tapa olhos e uma mulher sairem as pressas. E onde estava Pablo?? Encolheu-se como pôde atras das pedras, e mantinha-se observando-os.

Adam estava jogado no chão. Cansado e semi cego. Ouviu a voz da criança, franziu o rosto. Assim que seu olho estivesse acostumado com a luz solar, ele o abriria devagar. Sentou no chão batendo a sujeira de suas roupas. O calor era infernal.

- Maldito sol...

Olhou envolta devagar, ainda sofrendo com o excesso de claridade. Sabia que deveria ter colocado um par de óculos escuros no armário. Mas não quis...

- Inverno nuclear... Há... Meu rabo... Esses cientistas não sabem de porra nenhuma..

Fixou os olhos na menina que veio com ele, bufou. Esperava que ela tivesse ficado dentro das instalações. Ela procurava algo atrás da pedra. As coisas estava acontecendo tão rápido e tudo de uma vez, que o homem não processava tudo na velocidade correta. O que ela estava procurando? Então se lembrou da voz de criança ouvida. Seria isso? seria a voz dela? Que se dane... A primeira providência dele era sair do sol, ir pra sombra que Noel usava como abrigo, na mesma pedra que o garoto estava escondido.

A saida da instalação assombrava com o sol gritantemente forte. O calor que parecia querer queimar a pele tantos anos conservadas nas sombras.. O ardor na pele.. nos olhos era imediato. A sensação de cegueira momentanea ia cessando aos poucos junto com o vento quente que soprava.. Entre as pedras eles podiam avistar o par de olhos azuis e o rosto sujo de terra que observava curiosamente as pessoas. OUviu que eles falavam um dialeto que ele conhecia. E onde estava Pablo?! Será que eles tinham matado o amigo!? Viu que o homem de tapa-olhos caminhava na direção da pedra onde estava.. e dava passinhos para tras. Procurando onde mais poderia se proteger. A mão ia ao estilingue ue trazia prezo a cintura. Carregava a arma com a pedrinha que tinha no borneu e couro preso na cintura e esticava o elastico na direção dele. Iria se proteger tivessem eles feito o que fizeram a Pablo.. variava a direção do estilingue na direção do homem e da mulher. Ela tinha a mochila de Pablo com ela.

- Onde está Pablo!?!?! - A vozinha perguntava determinada a ter uma resposta. - O que fizeram com ele!?!?!!?

Adam ia se aproximando, andava ainda cambaleando um pouco, se acostumando com as novas condições climáticas. Parou embaixo da sombra enquanto o jovenzinho fazia uma série de perguntas. Deixou ele falando sozinho. Aquela mulher chata se aproximava também. Suspirou. Acessou a mochila, tirou um charuto lá de dentro e uma caixa de fósforos. Colocou o charuto na boca, risco o fósforo e ia acendendo o charuto enquanto a mulher falava com a criança. Sacudiu a mão para apagar o fósforo, o soltando em seguida.

- Você é retardada, sua vaca? Como você fala isso pra uma criança sozinha no deserto?

Adam deu mais dois passos pra frente e se agachou, para ficar na altura da criança que ainda apontava o estilingue. Tragou o charuto, soltou a fumaça.

- Então, garoto... O Pablo, ele...

Tentou gesticular enquanto procurava palavras para explicar e confortar o menino.

- Ele... foi pro cé...

Foi quando tudo aconteceu muito rápido. O homem saiu pela porta, atirou uma granada e a explosão jogou tudo pro alto. Adam se atirou no chão mais uma vez, segurando o charuto com firmeza entre os dentes. Não iria perder aquela preciosidade por nada.

Quando a cavalaria chegava já se encontrava desacordada, os solavancos e barulhos de explosões e guinchares a acordava mas por pouco tempo, fazia força por manter os olhos abertos que teimavam em fechar. As conversas pareciam distantes, o calor, não conseguia focar onde estava, quem era, quem estava com ela, o que estava acontecendo. Parecia mesmo um saco de batatas que era jogado de lá para cá até que por fim pode descansar em uma sombra. E enquanto uma desmaiava a outra acordava, a tosse vinha com força, saia uma fumacinha da boca como se fosse uma fumante, encolhia o corpo enquanto batia entre os seios como se o gesto fosse melhorar a dor. Os olhos abriam-se para fechar em seguida, rosto embaçado na sua frente, não sabia quem era, se tinha mais alguém. Virava-se de bruços encostando o rosto na terra avermelhada e depois deitava de lado no caso de desacordar de novo, os pulmões ardiam, o ar vinha aos poucos mas em pouca quantidade ainda, apesar de estar em ambiente aberto ajudava muito. Junto da tosse vinha palavras sussurradas e rouca*

-Médico... Antibiótico... Cobertor... aquece...

Era essas as instruções que ela conseguia dar para os primeiros socorros de inalação de fumaça, a tosse não deixava concluir, puxava o ar fazendo a pele nas laterais do pescoço subir e descer demonstrando o sofrimento da respiração então ficava quieta, sabia que era o correto não gastar mais energia.

[Okey, agora entraremos numa sequencia: Narrador - Abbe - Adam - Zoe - Rose]

O sol seguia a tino quando as imagens começavam a focar. Noel olhava os dois que se aproximavam, primeiro a mulher que se colocava a falar com ele. e o estilingue era desviado dele para ela. Os olhos atentos e ela dizia que Pablo havia sido comigo por Sleens? Mentira. Ele era o melhor para fugir daquelas feras. Sabia como ninguem como escapar daquelas bestas. Mantinha os olhos azuis como safiras focados nela.

- Mentira... Pablo conhece os Sleens. Ele sabia que ali era uma ninhada. Sabia como escapar deles, e sabia que a noite eles saem pela claraboia e vem para o deserto para caçar. Ele sabia que teriamos que voltar pra casa antes de anoitecer... um sleen bobo não ia matar ele..

A resposta infantil vinha antes mesmo que o homem de tapa olhos surgisse na sua frente. Ele achava que a menina assustava com o que izia e ele assutava com a cara feia e charuto do brutus.. Noel apontava para ele o estilingue agora.. o homem tentava falar algo.. então mais daqules iguais aos que estavam em sua frente.. saiam correndo de la de dentro, e com o ruido que vinha atras, os sleens deviam ter acordado.. Mal tinha tempo para pensar a respeito. O homem jogava algo la dentro e tudo que Noel fazia era abaixar-se atras da pedra. Talvez devesse correr e encontrar o Professor.

Nate enfim conseguia respirar. Retirava a mascara apos colocar a Capitã na sombra. A mulher parecia que iria acordar, balbuciava algumas palavras. Estava viva.. e ele não sabia se agradecia ou xingava a Deus pela infinita misericordia.. Estava suado, empapado. A capitã estava nua e ele retirava a jaqueta para cobrir o corpo da mulher... esfregava as mãos pelo braço dela para ajudar a esquenta-la. Checava os sinais vitais colocava uma das mochilas como apoio para a cabeça da mulher.. e então procurava pela médica. Ela não o tinha acompanhado até as sombras e tudo que via era a mulher cair no chão. Arregalou os olhos e disparou na direção dela. A mulher parecia nao conseguir respirar.. talvez tivesse inalado fumaça demais.. ele a carregava para as sombras tambem.. colocava a cabeça da mulher sobre uma das mochilas. Tinha a vantagem de ter tecnica de sobrevivencia.. pressionava o peito da mulher, apertava o nariz inclinando a cabeça dela para tras. Ela precisava de ar.. e nao dispunham de oxigenio.. teria que fazer como na tecnica para afogamento... pressionava o peito da mulher, e a boca colava-se a dela para ajudar na respiração. Soprava o ar uma vez.. duas.. tres.. afastava.. ouvia o bater do coração.. e voltava a pressionar o peito.. massageava.. e voltava a soprar o ar para dentro dela..
- Vmos doutora.. levante..
Continuava concentrado no que fazia.. o casal e o garoto ao longe eram suas ultimas preocupações. A doze permanecia ao alcance das mãos. Se a doutora nao acordasse, teria que fazer uma traqueostomia. Se ja tinha feito antes? Não lembrava, mas provavelmente sim. Nos filmes sempre dava certo..

Tudo em que Adam conseguia pensar era: "Mas que diabos!?". Ele se julgava um cara inteligente e estava entendo pouca coisa do que acontecia por ali. Imaginava o que os outros estava pensando. Após a explosão ele levantou rapidamente a cabeça para ler a situação. Uma mulher desmaiada e vestida. Outra mulher nua, hmm... nua..., e sendo ressucitada por um cara que carregava armas. Hm... Armas...

- Mas... Mas que diabos !?!

O charuto continuava preso entre os dentes, ele se levantava rápido, perdendo o equilibrio mas rapidamente recuperando. Olhou para o garoto, lembrou de pablo e olhou pras pessoas ali presentes. Pelas roupas e armas parecia óbvio que eram de "Mundos" diferentes. Pegou suas credenciais, olhou atentamente para elas por alguns segundos em seguida se dirigiu devagar para o homem armado. Afinal, nunca é bom andar de maneira agressiva na direção de um homem armado.

- Identifique-se !


(( nota do Player: Peço desculpas pela demora em turnar, mas aqueles que acompanham o msn puderam ver que eu não entrei esse final de semana por problemas técnicos. E postar do celular não é algo confortavel e iria comprometer a qualidade do jogo. Foi mal gente ! =o* ))

#Vozes difusas e abafadas ao longe, queria responder mas nada ali parecia responder. Estava tão cansada, não aguentava mais nada. Um descansinho valia bem, okay sem joga nos braços de Morpheus beessha! Estava lá numa linda praia ensolarada, deitada numa espreguiçadeira de cetim azul da cor do céu acima dela, na frente só o mar e as ondas, ao lado uma mesinha com camarões em cascata e taças com caipirinha geladinha! A vida que pedira a deus. Cruzava as pernas e olhava novamente para o mar. De lá o loiro musculoso, sarado e molhado saía, sacudindo a água dos cabelos com as grossas mãos.#

#O sorrriso era largo e a longos passos espalhando areia ele corria em sua direção em camera lenta, aqueles olhos acinzentados focados nos verdes dela. Era impossível não continuar a sorrir e segurar os arrepios quando sentia o toque gelado dele. sentava-se erguendo o tronco, sentia os pingos caírem sobre seu corpo, os rostos que se aproximavam de vagar... Cada vez mais próximo, já podia sentir o hálito lhe inundar a face. E o toque dos lábios foi como se jogar numa piscina cheia de néctar do Eden. O por do sol era o cenário e então ele a deitava e acariciava seu pescoço, descia pelo colo e a deitava na espreguiçadeira de novo.#

#Ela aumentava o sorriso e então ele unia as mãos e pressionava seu peito com força. Olhava sem entender o que ele fazia e então de novo? E de novo? A imagem da praia com belo céu e belas ondas começava a embaçar... Como assim embaçar? O belo loiro dos olhos cinzentos começava a desaparecer, para onde ele iria? Mais pressão em seu peito e o ar que era forçado de alguma forma pro seus pulmões, sentia a terra sob seu corpo, os dedos que puxavam a areia e a prendia junto a palma, novamente as lufadas de ar, mais uma vez... E outra. A praia era apenas uma lembrança distante agora.#

#Um toque macio ao mesmo tempo que seco sobre seus lábios era o que empurrava o ar, mas algo queria sair, abria os olhos e lá estava o loiro dos olhos verdes com o rosto colado no seu lhe fazendo respiração boca a boca?! Reação? O empurrava e girava o corpo de lado, tossia, sentia uma fumaça amarga saíndo, resquícios do que estava em seu pulmão. Puxava a respiração em arquejos violentos e barulhentos ao mesmo tempo que tossia, estava viva! Era o que importava. Estava viva! Muitos pés a sua volta e por enquanto não se preocuparia com eles. A respiração ainda falhava, maldita asma.#

#Puxava mais o ar e esse era teimoso e não chegava até os pulmões, as mãos desesperadas buscavam pela mochila e começava a buscar as bombinhas de asma dentro e não encontrava. Ignorava toda e qualquer voz direcionada a ela agora, o desespero era maior.#

Por fim acordava, os olhos abertos bem pequenos por causa da claridade, apoiava as mãos no chão para sentar-se, vestiu a jaqueta enorme com a qual estava coberta. Todo o corpo doía, até os fios de cabelos, duros pelo líquido que secava. Puxou para si a mochila em que tinha apoiado a cabeça, deu uma olhada ao redor. Um casal e um homem pequeno ao longe, outro casal no chão, pareciam machucados, tinha a visão borrada. Ia usar roupas daquela mochila, não dava pra esperar o exército da salvação, tinha roupas o bastante ali e pode vestir-se. Levantou-se apoiando na pedra ao ouvir o “Identifique-se”. Uma ordem familiar. Foi andando cambaleando, na mesma direção do homem de tapa olho. Estava imunda de terra, destacava o branco dos olhos e a boca pintada de sangue, estilo Beatrix Kiddo ao se desenterrar. Olhou para os três ali perto. “Morri e fui para o inferno!” Jogou a mochila no chão. Olhou para o tenente O'Brien.

-Canalha!!

O olhar ia direto para a credencial do homem de tapa olho, se esta estivesse visível.

O casal discutia e os olhos azuis de Noel apenas focavam de um a outro ainda mantendo o estilingue esticado. Entre os gritos da mulher e a cara do homem, escolhia por atacar a ele e a pedrinha seria lançada se a explosão não acontecesse. Tudo que o pequeno conseguia ver eram braços que lhe puxavam e um corpo que o protegia dos estilhaços que voavam em todas as direções. Uma densa nuvem de fumaça e poeira subia e se alastrava pelo deserto. Foram alguns segundos de barulho infernal antes que cessasse e as figuras pudessem ser identificadas como um homem e duas mulheres que eram puxadas. Noel percebia que o braço de Abbe folgava e erguia-se. A porta de acesso ao ninho estava fechada. Isso significava que Pablo estava la dentro.. aproveitava da folga e corria para lá, começando a tirar as pedras.
Adam erguia-se ainda na confusão entre barulho, explosão, novas pessoas saindo. Caminhava na direção de Nate que tentava reacordar Zoe. Soprava o ar para dentro da mulher, bombeando com as mãos pressionando o peito. Suava. O calor daquele lugar não era algo de Deus.
- Vamos doutora.. vamos.. – O olhar do tenente corria na direção de onde estava a capitã.. Ainda deitada.. voltava a se preocupar com o ressucitamento da mulher. Soprava.. pressionava.. até que vinha o empurrão e a tosse. Caia sentado ofegante, observando o estado em que a mulher ficava.
- Calma.. calma.. inspire. – ela procurava por algo na mochila, ele pegava a mochila jogando tudo no chão, seja la o que ela procurasse, provavelmente a bombinha, seria mais fácil de achar vasculhando espalhado. – Calma doc.. tente respirar.. calma.. controle a respiração
Ainda tinha o corpo debruçado sobre ela. Os olhos focados na mulher tentando dar a ela a confiança para que se acalmasse e tentasse acalmar os batimentos cardíacos.
- Não se mexa.. não faça nenhum movimento.. apenas respire.. está tudo bem.
Devia estar.. se a cabeça dele não parecesse um ensaio do Olodum nos áureos tempos dentro de um tonel de água cheio. Foi então que escutou a voz masculina. Os olhos voltaram-se para o homem de tapa-olhos que vinha em sua direção, pedindo para se identificar... Ergueu-se de uma vez. Trazendo consigo a doze apoiada no braço e apontada para Adam.
- Pare ai mesmo Yankee. Nem mais um passo ou vai ter que arrumar verniz pra sua próxima festa de gala..
O levantar imediato o fazia titubear um pouco.. dois passos para trás. O pressionar maior no gatilho e por pouco o disparo não era feito, no peito do homem de tapa-olhos.
- Identifique-se. – repetia para o homem a mesma pergunta que lhe fora feita.. então vinha a segunda voz. Uma que ele conhecia bem. A capitã caminhava com as suas roupas?!? Era isso?
- Ow Merda....
Que excelente grupo para proteger. A doutora era asmática e nesse momento estava morrendo sem ar algum.. a Capitã estava do lado do que poderia ser um maníaco homicida árabe. Com o sol, a dor de cabeça, o cansaço físico, iria estourar a cabeça dos dois com um único tiro. Sinalizava para que ela se afastasse. Antes que o homem acabasse pegando-a de refém.

A credencial de Adam dizia o nome dele e a função: Engenheiro. O homem de tapa olho estava um pouco perdido. Apostou no efeito psicológico que uma voz de comando teria para não ter uma arma apontada diretamente para si. Falhou miseravelmente. O soldado apontava a arma pra ele.

- Wooow... Abaixa essa merda !

E o homem quase tropeçava. Adam chegou a fechar o olho e pensar que seria seu fim.

- Escuta rapaz... Abaixa essa caceta... Você tá fraco e pode acabar machucando alguém...

Adam estava preocupado. O sol era forte, ele estava perdido no meio do deserto com uma vaca sem coração, uma gostosa pelada, um garoto estranho e um homem armado. Se ele contasse isso no bar todos iriam acha que ele estaria começando uma piada. Ele precisava de mapas, direções, latitudes e longitudes... Queria achar a droga do gerador e acabar com isso. Enquanto todas as essas coisas passavam pela cabeça dele, ele procurava com os olhos algum sinal no soldado, além das roupas, que indicasse que ele pertencia ao projeto Éden, por que se ele não fosse do projeto, as coisas estavam pior do que ele pensava.

#Calma? Calma?! Como assim calma?!Nunca mande uma mulher em desespero ficar calma! Se já estava histérica ficou mais. No desespero de encontrar a bombinha as mãos buscavam e não encontravam. Mas o loiro Tenente tinha outros planos e já jogava tudo no chão. Lá estava seus pertences espalhados e achava as bombinhas. De imediato levava aos lábios e nem se preocupava com a válidade, o que era uma preocupação foi esquecida diante do desespero. Precisava ficar calma, precisava manter o controle. Era a médica do grupo, deveria dar exemplo! Não se mecher? Nem fazer movimentos? ok ok... Vamos lá Tenente vamos tentar do seu jeito. Ela sentava com a coluna reta e tentava respirar e puxar o ar. Mais um spray da bombinha adentrava pelos lábios.#

#Abria os olhos e lá estava ele perto, o fitava alguns segundos e era melhor manter os olhos fechados, mas já vinha a imagem do devaneio da praia em sua mente e ela balançava furiosamente a cabeça pra espantar essa ideia. A tontura gerada pela falta de ar reclamava do movimento mas ela não se importava. Respirava, puxava o ar e tentava focar a mente na respiração. Aos poucos começava a se acalmar e armas apontadas, o tenente quase matando o caolho e ele estava ali a quanto tempo? Olhava ao longe o garoto correndo e a outra indo atrás, a ex-presunto já começava a xingar. O que diabos estava acontecendo?! A respiração mais controlada, agora não passava de um ofegar. Começava a guardar as coisas de volta na mochila, deixando as fichas de fora e começava a ver cada um.#

- Adam Melbourne... Rose Burnett... Abgail Howard... E Nathaniel O'Brien... #Falava de vagar enquanto virava as folhas, os dados médicos de cada um, e já as enfiava novamente na mochila e a mochila nas costas.# - Abaixem essas armas... Estamos do mesmo lado, fizemos parte de um projeto que pelo visto foi falho e caso não tenham notado... Temos problemas maiores agora. Alguém notou que estamos no meio do nada e que o subsolo estava deserto a... Décadas?

A Capitã chegava sustentando-se de pé, as roupas um tanto maiores do que o feitio de seu corpo, já que o Tenente tinha 1,98m e ela 1,60m. Então parecia um boneco do posto marrom terra desértica, mas mantinha a pose militar, ou achava que sim, mesmo mancando. Soltava um esbravejo sutil para o O’Brien e no identifique-se de ambos estava pronta para se atirar no chão e rolar para longe da arma apontada e do olhar insano do Tenente, adorava fazer isso, mas vira a credencial de Melbourne e a foto casava com o rosto do suposto intruso que mandava abaixar a caceta.
-Engenheiro Melbourne! – dizia com voz forte e segura, porém sem gritar para que o Tenente não estressasse ainda mais pela situação e juntasse os miolos do engenheiro com os dela.
Passava entre os dois, ou melhor, da arma apontada e o cara de tapa olho. As mãos espalmadas mostrando a O’Brien que estava desarmada.
- O engenheiro do projeto. – fazia contato visual com o tenente, tentando tirá-lo daquela perturbação momentânea.
-Acho que... – não concluiu o pensamento e a moça sentada dava informações com os nomes de cada um.
-Capitã Rose Burnett! – apressava em identificar-se e sair da mira.
Bem, dali já sabia quem eram Melbourne, O’Briel , julgou que Abgail fosse a mulher que passara as informações e....
- Quem são eles? – apontava para os dois que corriam ao longe enquanto analisava a sua volta – Parece mesmo que o projeto deu errado, ou este era um projeto desconhecido por nós.
Esperava que a situação esfriasse ali. A perna latejava, o respirar era dolorido, os pés descalços no chão quente queimavam.

Neo apenas mantinha o ritmo de retirar as pedras, sem dar atenção a confusão que estava montada. retirava os pedregulhos com algum agilidade e olhar fixo no espaço que ia abrindo. Do lado de dentro nenhum barulho a mais parecia vir. Sequer se deu conta quando Abbe se aproximou dele o segunrando. Era seguro por ela e impedido de continuar o trabalho. Os olhos azuis se focavam nela e no que acabava de dizer. Morto. Talvez Pablo realmente estivesse morto, ou não. Mas agora não teria mais tempo para descobrir. Parava por alguns segundos olhando ao redor, como se escutasse algo naquela imensidão de nada.
- Elas estão vindo.
Era tudo que balbuciava enquanto mantinha o olhar distante, para alem dos ombros de Abbe ou da confusão com o homem armado e os outros.
- Neo precisa ir. - Ele soltava-se com certa força dos braços de Abbe e se colocava a andar em direção as pedras. Não olhava para tras, mantinha um passo seguro e firme para alem de onde estavam.

Nate quase caia e por pouco o dedo não forçou o gatilho da Doze. Onde diabos estavam? Num making off de Mad Max? Cade as porras dos prédios, e se estavam realmente no futuro, onde diabos estavam as naves espaciais? Estreitava os olhos pelos raios solares que ofuscavam a visão e pareciam querer derreter o cerebro e sua cabeça, onde os tambores tribais não paravam de bater querendo estourar o cerebro.
- Nem mais um passo Yankee. IDENTIFIQUE-SE, ou seu proximo nome vai ser Zé da cabeça estourada.
O ruido do engatilhar da arma era escutado mais uma vez. Desta vez mirado com clareza. Ouvia as tosses da doutora, enquanto ela começava a tentar buscar o ar.
- Consegue levantar doutora? Precisamos sair daqui. Lugar aberto nunca é uma boa opção quando não se sabe onde está.
Dizia enquanto mantinha os olhos no ciclope.
A médica assim fazia olhando papeis. Tinha tudo sobre controle ate a Capitã resolver levantar do mundo dos mortos mais cedo do que ele esperava.. E ela falava o nome do engenheiro quase ao mesmo tempo que a médica lia as fichas. Rose parava diante de Nate, O cano da arma ainda apontando para Adam por sobre o ombro da mulher. A preocupação sobre como ela estava morria no momento em que vinha aquele maldito ar pedante. A doutora identificava os nomes que conhecia, eram como sussurros de uma memoria distante.. Ainda levava alguns segundos apontando para o homem, então baixava a arma, com a pergunta de Zoe.
- Alguem notou que não existe mais San Francisco? - Ele perguntava enquanto arrumava as sacola das armas nas costas. O engenheiro falava uma coisa certa. Estava fraco. Precisavam encontrar um local para se abrigar e por as ideias em ordem. A segunda fala de Rose chamava a atenção.
- Na verdade se a capitã não tivesse dito... eu precisaria de uma biblioteca ilustrada... Olhe ao redor Burnett. Em que ano estamos? E o que era aquela criatura que estava dentro do Vault? - Perguntava enquanto carregava a colt enfiando na cintura. As facas de caça eram presas no coldre de peito e nos pés. Olhava para onde Rose apontava sobre as duas pessoas mais distantes.
- Não sei. mas se não são do projeto, no momento não me interessam. Precisamos sair daqui.

O vento soprava mais forte. O ar seco parecia ganhar vida onde estavam. Um ruido forte e intenso, que vinha com um leve tremor.

- O que diabos é isso agora? - Nate perguntava olhando para trás.

Adam estava ficando irritado. Essa coisa toda de ter uma arma apontada para ele o deixava irritado. Tragou o charuto, soltou a fumaça enquanto olhava fixamente nos olhos do tenente. Esperava que ele aceitasse seu conselho e abaixasse aquela merda. Alguém fazia uma chamada dos nomes do projeto. Alguns não eram estranhos para Adam, mas ele não sabia quem era quem. Ele provavelmente leu aquilo em algum lugar. E alguém falava que achava que o projeto tinha dado errado. Adam apenas riu por entre os dentes.

- Agora que as meninas estão apresentadas, que tal pegarmos aquele pedacinho de merda... - Apontou para o menino que começava a correr.

- EI ! Moleque... Droga ! Aquela era a nossa melhor chance de ir para alguma civilização...

Talvez Adam tivesse errado. Pois o que aproximava parecia civilização, ou o que restou dela. Não sabia. Só sentia o tremor. E não precisava ser um cientista da NASA para saber que qualquer coisa que cause tremores na terra do que um dia foi São Francisco, não pode ser boa coisa...

- Hey... Nervosinho... Vamo nessa !

Se fosse para ficar do lado de alguém que fosse do lado do cara com as armas. As gostosas podem esperar. Do que adiantaria ter uma gostosa ao lado, se ele estivesse morto ?

#Décadas pareciam pouco. Olhava em volta, os olhos ardendo, desacostumados a tanta luz e vazio. Vazio... Como assim? Onde estavam os prédios... Casas... Luzes? A ponte!!! Onde? O que poderia ter destruído a cidade até chegar nesse ponto? O ar apesar de rarefeito parecia começar a chegar aos pulmões com mais calma.#

- O projeto deu errado Capitã Burnett... Até onde eu saiba, não eramos pra acordar no meio de um deserto, também creio que não deveriam existir corpos putrefatos lá dentro... #Apontava o lugar de onde saíra com o polegar.#

- Fiquem todos calmos... #Ficava de pé e na mira da arma.# - E você.. Tenente... E você Melbourne... Abaixem a porra dessas armas... Estamos do mesmo lado caramba... Que saco. Como se precisassemos de mais problemas! #Armas abaixadas e pois é... Não existe mais San Francisco! Que tal esse problema?#

#Aquele tremor... Lá vem mais coisas?! E por coisas entenda: monstros bizarros com fome e eles eram a refeição.# - Aquela... É Abgail... Ela faz parte do projeto.. #Apontava pra mulher ao longe com o garoto.# - Melhor irmos atrás daquele garoto, ele tem informações valiosas que vão nos ajudar... Depois disso... #Maldito apressadinho já saía correndo atrás do menino.# - Espero que ele o traga vivo. #Continuava de pé, os braços cruzados, respirava de forma calma. Na sua cabeça ainda os pensamentos confusos tentando entender o que acontecera exatamente ali.#

- É melhor andarem rápido! #Gritava pra quem estava distante. Aquele vento mais forte... E todo o resto parecia trazer algo nada feliz.# - Precisamos sair daqui... #Falava baixo e por instinto aproximava-se do Tenente e olhava pra arma.# - Tem alguma faca aí?

Pareciam que os ânimos se acalmavam, a arma do tenente cedia. Rose elevava uma das sobrancelhas diante de todos os falatórios, olhava ao redor.
- Nem sempre um projeto sai do jeito estipulado, mas isso não faz diferença agora. Tenente O’Brien, guarde seu sarcasmo– a rivalidade antiga. Tossia, os pulmões ardiam, franzia a testa, mas não reclamava.
Ouvia Zoe falar de Abgail e do garoto, ficava atenta àquelas informações que ela não tinha. Os nomes relembrava vagamente. Pegava a mochila que antes jogou no chão, não era dela, mas o que tinha lá serviria.
Adam saia correndo atrás do menino, parecia mesmo que o pequeno sabia de algo importante.
- O que sabe sobre aquele garoto? Minhas informações já eram – perguntava para Zoe, ia andando para onde Abgail e o garoto estavam e agora Adam também ia. O vento a fez parar, olhar na direção em que ele surgia, voltava o olhar para Zoe e Nate.
– Não sei que diabos é , mas é bom correr! Me passa uma arma Tenente! – falava e ia na frente apertando os passos para uma corrida em direção as pedras, mancava, mas a adrenalina fazia com que a dor fosse menor.

Neo olhava para Abbe quando ela o segurava. Ele ja sabia que os sinais vitais de Pablo não estavam mais sendo transmitidos. A preocupação agora era a de sair dali o mais rapido possivel como programado. Abbe o soltava ele adiantava os passos curtos com as perninhas. Era seguro novamente. Os olhos azuis voltavam-se para ela.
- É seguro, o mestre sempre sabe como se proteger delas.
Ela falava do grupo de pessoas, ele não dava importancia, nem mesmo para o fato de que um deles estava armado.
- Delas..
Outro tremor era sentido e ele apontava para tras do ombro de Abbe..

Nate baixava a arma a contragosto e o tremor o fazia começar a caminhar o mais rapido que conseguia, na direção das pedras, a mesma que o garoto estava indo e parecia concordar com Adam para alguma coisa. Arrumava a mochila nas costas e checava, a que lhe pertencia estava com Rose. Ajudava a doutora com o que sobrva para ela e adiantava o passo com Adam.. sendo seguido por Rose e por zoe..olhava para a doutora que lhe pedia outra faca.. ele meneava a cabeça. Ate que fossem confiaveis ele nao iria entregar arma alguma a ninguem.

- Tenho Doutora. mas vai continuar comigo. Agora fale menos e ande mais.. poupe seu folego vai precisar dele.. - Falava adiantando o passo sob o sol quente. Ela tinha asma, o clima seco não iria ajudar a respiração e pelo visto logo teriam que correr, o que piorava ainda mais a situação dela. Rose aproximava-se pedindo uma arma. Ele parava os passos.

- Não tenho autorização para repassar arms a ninguem Capitã. Então se acha que vou lhe entregar a porra da minha arma, senhora, devo dizer que deve despertar do sonho, senhora. - Falava frisando o "senhora" da arma devida a patente que ela possuia. Agora, SENHORA.. aconselho que...

Outro tremor mais forte e Nate olhava para tras. Os olhos arregalavam-se e o engolir em seco foi inevitavel ao perceber a parede de poeira que se erguia e avançava na direção deles.

- FUCK! - Gritava, enquanto a areia começava a rodopiar, e o paredão avançar como uma enorme onda na direção deles.

- COORRE!!

Era uma tempestade de areia e se procuravam pelo garoto? Ele havia se soltado de Abbe e corria como as pernas permitiam para o mais longe possivel, entrando em uma fenda no meio de duas enormes montanhas de pedra. Estreita. Abbe, a mais magra do grupo passaria apertada. A mão de Zoe inchava e pulsava, pela dor. o machucado estava inflamado.