Neo Earth - California Dias Atuais - Acampamento dos Alars

O Sol já ia alto quando os ruidos chegavam a vila. Bors parava na saída da tenda. Ao redor apenas terra seca. O sol escaldante parecia querer cozinhar a cabeça do velho homem imundo. Via o movimento das pessoas pela vila, preparando-se para partir para o abrigo caso ela viesse novamente desta vez.
- Krattus, leve as crianças para a tenda maior e mande Lion cobrir a estufa. Demoramos muito para conseguir as amostras para perde-las assim.
Ouvia o rapaz concordar e sair na direção da tenda das crianças. O homem entrava novamente, o calor abafado da tenda do curandeiro mais conhecido como Professor pelos moradores daquele acampamento, sentava-se diante da maca improvisada com couro e madeira velha. Pegava uma tigela de madeira, despejando um pouco de uma água salobra nela. O pano sujo era molhado na água e torcido. Eram os pingos da água salobra que ele pingava sobre a boca de Alicia. Entreabria para que nao perdesse nenhum pingo. Então o pano era umidecido novamente e torcido, passado sobre a testa machucada da menina. Esperava que ela pudesse quem sabe acordar, para dizer de onde tinha vindo. Ele tinha uma teoria de que eram frutos de invasão alienigena. Esperava pela volta de Pablo, seu filho, com quem sabe mais água de um outro vault.


Post para ser respondido por Alicia

Não lembrava muito do que havia acontecido, já fazia um bom tempo que viajava a procura de Ioseph e nada parecia da certo. Não conseguira entrar em contato com o exército russo, na verdade precisaria de um plano pra resgatar o garoto. Acordou aturdida com a situação, tossiu um pouco, sentou-se devagar e procurou pela água que havia sido derramada em seus lábios. O olhar assustado da jovem voltava-se pra o “Seu salvador”. Não dizia nada inicialmente. ”Eu estava perto, sei que estava” As palavras insistiram em permanecer em sua mente. -O que aconteceu?- a voz parecia fugir enquanto a garota o olhava já menos assustada.

Bors sentava no banquinho, embaixo do calor sufocante daquela tenda. Pingava a água salobra sobre os labios da mulher que finalmente parecia despertar. Ele afastou um pouco o corpo, vendo o da mulher se mover como se acordado de um imenso pesadelo, e deveria ser isso. Um pesadelo que para Alicia havia durado 500 anos. A ultima coisa que devia se lembrar quando estava na fila dos que não haviam sido selecionados para o projeto, não havia um vault selecionado, mas na fila daqueles que tentavam se soltar. Tudo que ela podia lembrar é da multidão sendo tocados como gado para o abatedouro, dentro dos centros de pesquisas. Lugares contados nas capsulas de animação suspensa. Guardas que separavam o joio do trigo e reagiam com violencia a quem tentasse desobedecer. Tudo que ela lembrava era do pequeno sendo puxado da mão dela. Crianças e velhos eram levados para outro balcão. A tentativa de impedir que o filho fosse levado era reagida com uma coronhada que a mantinha em seu devido lugar. No chão. Com um filete escorrendo da boca, com pessoas se aglomerando. Então vieram os ruidos. Os barulhos de paredes que explodiam. Era o começo do fim e ela não tinha muito o que fazer. Podia escutar a vozinha do pequeno que gritava pela mãe, sendo arrastado e silenciado. Era embarcado em uma das valvulas de contenção. E ela tinha que brigar com a multidão que vencia a fila, que empurravam soldados, perdiam o controle. Ha muito custo Alicia conseguira tomar a arma de um dos soldados caidos atirando em um dos homens que tentavam entrar no vault. Tomava o lugar dele. Os olhos esbugalhados, as mãos espalmadas no vidro. O pensamento, provavelmente no filho. O Sinal do alarme era dado, a sirene em vermelho piscava na porta indicando a vedação da sala, então O ruido final vinha com o sono, com o liquido azul que tomava parte do corpo, com o oxigenio empurrado a força pelas suas narinas. Com o apagar violento e escuro. E agora despertava, como se mais uma daquelas explosões viesse fazer parte de sua vida. Bors pegava umas folhas de Kanda, colocava em um papel vagabundo e enrolava. Acendia. O cheiro doce da erva tomava o lugar inteiro.
- Calma.. Você está viva.. - soltava a fumaça na direção da menina. - Você não tem uma daquelas credenciais.. não tem um número como os outros que já encontramos. Porque? - Bors cospia no chão de terra seca, sentindo o relaxamento provocado pela erva. Está em meu acampamento. Sou Bors. Ou como me chamam aqui, o Professor. Como se chama?

Era completamente estranho, era como se tivesse tido uma vida inteira naquela capsula. Não estava entendendo mais nada. Olhou séria na direção dele, os olhos bem abertos sem deixar de focá-lo um único segundo.

-E meu filho? Onde ele esta?

Foi quando olhou em volta a procura do "garoto". O coração dela disparava, imaginar que nunca mais poderia ver seu filho era simplesmente como arrancar-lhe os meios de andar, era obcecada por isso. 500 anos presa em algum lugar apenas sonhando, dificilmente saberia diferenciar a realidade do que não era, ainda mais com os problemas que cercavam-na.

-olha... eu agradeço por estar me ajudando... mas não posso ficar sem meu garotinho, entende?

os olhos outrora assustados agora estavam suplicantes, enquanto as mãos delicadas da jovem seguravam as dele. Não sabia até onde confiar, mas havia algo maior ali, e eram os seus desejos.

-Credencial? como assim? pode me explicar?

Arqueou a sobrancelha sem entender. Ele se apresentava e logo um meio sorriso surgia nos lábios finos.

-Sou Alicia...

Bors via a mulher tentar levantar e cuidava de impedir. Ja via visto algumas pessoas saindo daquelas capsulas e ja vira inclusive alguns perderem o juizo antes de se matarem. Ela tentava levantar, ele tentava mante-la recostada as almofadas de tecido sujo na cama maltrapilha improvisada.
- Shhh.. calma. Respire. Não havia criança alguma onde você estava.
Ele girava a cadeira quebrada, voltando-se para a mesinha onde algumas ervas masseradas estavam. Pelo estado do homem, com a pele suja num misto de suor e areia, talvez agua nao fosse um beneficio ali onde estava. Começava a achar que a garota alucinava. Talvez tivesse dado Kanda demais na mistura para hidratar. Não respondeu, permanecia em silencio e apenas levantava arrastando a perna com protese metalica. Caminhava até a mesinha para voltar a masserar alguma coisa. Mais um pouco de água salobra, desta vez aquecida era derramada na tigela de barro. Voltava a pegar o pano sujo e mergulhava na agua quente com ervas maceradas. Voltava para junto dela, deixando um longo trago no cigarro que tinha na boca.
- Não havia ninguem com você lá. Os outros vaults não resistiram. Você deu sorte de ter ficado na área de drenagem.. - Respondia enquanto torcia o pano e colocava sobre a testa dela. - Seja la quem procura, deve estar morto agora. Precisa descansar para descobrir quem você é de verdade.
Ela questionava sobre a credencial ele sorria. Voltava a por o pano molhado e então virava-se remexendo nas tralhas que tinha sobre a mesa. Exibia a ela uma credencial do exercito americano.
- Isto é uma credencial.. os vaults que achamos até hoje todos os passageiros tinham esse tipo de material preso ao pescoço. Devia ser de algum projeto, ou algo assim. Ele deixava a tigela com água morna do lado da cama improvisada e levantava. Ela devia estar com fome. Saia da tenda, passando pelo tecido desgastado a tempo de ver o sinal ser respondido. Pablo e Neo deveriam estar voltando com mais produtos. Ele seguia até um grupo de mulheres que cozinhava algo e pegava uma tigela da comida. uma sopa de ossos e alguns legumes, um pedaço de pão e voltava para dentro entregando a ela.
- Tome.. coma.. vai precisar repor tudo que se perdeu no tempo que dormia no vault.
Ela falava o nome. Ele sorria. Tinha que ter um motivo para ela estar no vault.
- E o que fazia, antes de dormir e acordar no inferno?

[Nha, que lindo! Um meninão! Parabéns, Vivi! *-*]

Eles continuavam andando por entre as pedras. Adam não era um homem forte nem nada, mas o pouco espaço que havia no local gerava leves escoriações mas nada que fizesse ele para. Instito de sobrevivência talvez. Olhava sempre para trás para ter certeza que as armas estavam com eles e quando a menina da frete caía, Adam se limitava a bufar impaciente e algumas vezes até empurrar ela com os pés para que se movesse logo.
Assim que saíram do tunel de pedras, a visão do descampado causou um certo desânimo. Talvez fosse melhor morrer no holocausto nuclear... "minha caceta" ele pensou rebatendo o pensamento de morte. Segui o pequeno Neo com os olhos, olhou todo o procedimento de entrada no acampamento. Ele precisaria de um espelho posteriormente. E o garoto andou e falou do professor.
- Vamos embora... Quem sabe a gente consegue mantimentos e um mapa pra saber onde estamos.
Olhou pra trás, para Nate.
- Quer que eu carregue as armas?
Louco não é quem pede... É quem dá.

#Não parar? E quem era louco pra isso?! Okay... Ela estava mais pro tipo que se enroscaria em posição fetal até aquilo ali passar, principalmente devido a asma que gritava a cada passo que estava ali presente e não a deixaria respirar. Aquele clima seco também não ajudava... A tempestade de areia então?! Morra Zoe, vai doer menos. Os pulmões se contraíndo, espremendo o oxigênio como dava... Era quase como tirar leite de pedra. A visão começava a escurecer pelos extremos... Balançava a cabeça como podia, olhos e bocas, tudo fechado, cobertos como dava jeito. A outra já tomabava, pelo menos estava segura com o Tenente... Mas se dependesse do Caolho, ela viraria lenha pra fogueira, ele só precisava das armas.#

#A falta de oxigênio chegando ao cérebro, causando a tontura... A maldita asma... Porque não fez o tratamento todo...? Porque não funcionou? Na sua mente começava a fazer perguntas bobas... 3x3... 2x2... 5x5... Precisava manter a mente funcionando... Precisava ficar acordada. Não durma Zoe... Não se deixe levar. Não deixe o corpo parar... Não pare. Falar e pensar era fácil enquanto cada passo era uma tortura.#

#A mão latejava, pulsava, só faltava ganhar vida e sair que nem a Mãozinha da Família Adams... E sentia que não faltava muito pra isso acontecer. Finalmente saíam em um descampado, o garoto parecia saber onde estavam e ali parecia seguro. Mais alguns passos... Mais alguns... Por enquanto era o máximo. E de repente o chão parecia aproximar-se de vagar do seu rosto de forma apetitosa e convidativa, abraçava seu corpo e por ali parecia querer ficar. O resto podia esperar.#

[ Uaaaaaah *-* Boooooa sorte pra Vivi... aproveite essa dádiva que é ser mãe ^~^ parabééénnnsss e tudo de bom! ]

Aquelas palavras foram dadas como uma sentença de morte. Ouvir que não havia nenhuma criança por ali fora a pior notícia que ele poderia ter-lhe dado. Os olhos dela encheram-se de lágrimas e o desespero estava estampado na face jovial de Alicia.

-Como assim? Talvez ele esteja em outro lugar, certo? Eu vou encontrar meu filho, não posso ficar sem ele entende? Se não houvesse meu garoto não tenho mais o que fazer aqui

As palavras saiam atropelando tudo, junto as lágrimas que tocavam a pele pálida. Respirava fundo, aquilo só poderia ser um pesadelo, não precisava acreditar, ou ele seria um inimigo que roubara seu filho? Claro poderia ser, precisava pensar em alguma coisa e se aquele homem fosse o monstro que havia tirado seu filho precisava ser cautelosa e jogar o jogo dele pra poder encontrá-lo.

-olha, Bors, eu sei quem sou, só preciso compreender o que realmente esta acontecendo aqui... você pode me explicar não é?

o homem falava-lhe sobre credenciais. O mesmo trouxe-lhe comida e que foi muito bem vinda, mesmo que estivesse com problemas e extremamente preocupada com Ioseph não podia negar a fome, alimentou-se enquanto o ouvia, tentava compreender o que se passava.

-Eu já procurava por meu filho...é tudo que lembro.

Eles caminhavam como podia, arrastavam-se entre as frestas e enfim vinha o alivio. Nate tinha arranhoes e cortes pelo braço. O peso de Rose que era carregada tambem não ajudava a conter o sambão que batia na cabeça do oficial. Surgia o descampado e ele como os outros deixou-se cair ali. Colocou Rose acomodada com cuidado. nao sabiq ue tipo de trauma ela poderia estar tendo. Lembrava-se vagamente das conversas com seu superior e claro, não precisava pensar muito: Zoe era uma médica.
- Doc? - Dizia com a boca colando-se na saliva seca. - Ela tombou desacordada, pode dar uma olhada nela? - Perguntava, imaginava se Zoe estava ao menos respirando. - Depois que encontrarmos um lugar e... - Olhava para frente a tempo de ver o garoto mandando sinaisl por um espelho, O sinal era retribuido, apos algumas horas e logo Neo voltava-se para Abigail, a unica que realmente falava com ele. Era então sua referencia de conversa.
- Eles ja desligaram. Neo ja pode ir.
Dizia, se colocando a caminhar e como aquelas perninhas curtas tinham tanta facilidade em andar sem se cansar, nem pedir por água. Nate respirava fundo fechando os olhos.
- Ele não cansa? - Respondia. A noite logo cairia e ele nao queria ficar ao relento. Juntava todas as forças que ainda lhe restava e se colocava a caminhar novamente, fazendo uma maca improvisada com camisas para por Rose.
- Vamos.. o garoto deve viver numa comunidade, ou algo assim.. devem ter agua e comida, ou alguma indicação - como o caolho mesmo disse. Ajudava Zoe a se levantar, tomando cuidado com a mão que arroxeava, a dor para aquilo deveria começar a se tornar insuportavel, assim como o frio que começava a tomar conta do corpo de Zoe. Frio, nauseas, mal estar, sintomas de febre doutora?
- Vem.. precisamos tentar fazer um curativo melhor nisso. - Dizia enquanto se colocava a caminhar. Olhava Abigail e Neo que iam na frente quando escutava o caolho lhe pedir pelas armas.. Ele meneava a cabeça com um sorriso - Em seus sonhos... As armas ficam comigo. - Fim de conversa que ele não era doido, não comia cocô.

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No acampamento, Bors via o desespero da mulher. Não se assustava nem mesmo se compadecia quando ela falava daquela forma do filho. Ela cogitava a ideia de que ele estivesse em algum outro lugar. Ele dava de ombros.
- Sim é possivel. Se você esta viva.. ele tambem pode estar.. descanse..
Dizia mais uma vez, enquanto ela pedia explicações a respeito do que acontecia.
- Ora. você foi encontrada pelo meu povo num vault. Uma plataforma de segurança que era utilizada a cerca de uns 500 anos atras. Pelo que li nos registros que ja encontramos, isso foi antes da grande guerra. que transformou San Francisco.. - ele girava a cadeira retirando o tecido da tenda da frente dela - Nisso..
Exibia para ela o enorme deserto diante deles, e estreitava os olhos para os vultos que via surgir pelo sol escaldante. Devia estar alucinando. Neo trazia alem de Pablo mais alguem?
- Mas que diabos.. - ele reclamava enquanto levantava-se, mais uma vez, parando na entrada da tenda. Alguns homens aproximavam-se com mãos nas armas que levavam no coldre. Bors sinalizava para que não fizessem nenhum movimento. Estudava os rostos que surgiam diante de seu acampamento e depois para Neo.
- Mas o que pensa que está fazendo, Neo? Quantas vezes vai burlar a programação?? NINGUEM neste acampamento sem minha permissão.
A mão seguia em cheio contra o rosto do pequeno. O tapa estalado que era dado.
- Onde está Pablo?
Neo voltava o rosto para ele. Não queria desagradar o professor.
- Neo sabe que foi errado. Neo não queria. Pablo não tem mais leituras vitais.
Bors parava em silêncio. Olhava o grupo com o garoto e para dentro da tenda.
- Alicia, venha aqui. Tem parentes seu aqui fora.
Não sabia se conheciam a menina mas ao menos o fator comum ano de congelamento eles tinham.

E o cara das armas foi engraçadinho. Desnecessário.

- Só quero ajudar, babaca. Estamos no mesmo barco...

E foi seguindo e pequeno garoto que levava os integrantes do grupo para uma vila ou coisa parecida. Adam só conseguia pensar em quão ferrados eles estavam. O mundo é uma buraco desértico cheio de lagartos e aldeias. Parece que invés de acordar anos depois eles tinham regredido para a época dos homens das cavernas. Sol, desolação e perigo. Era isso que os cercava. E para completar ele estava cercado de pessoas nada amistosas. Duas gostosas moribundas, uma garota magra e bipolar e um "Comando em Ação" com o ego do tamanho do Texas. Suspirou, Bufou mas continuou caminhando. Não tinha escolha. Chegaram na aldeia e a recepção foi calorosa. Homens armados. Soltou um riso irônico. Se ao menos ele tivesse uma arma...
No acampamento o velho professor se apresenta, dando em seguida uma tapona na cara do garoto. E a bipolar, sem muita inteligência, retruca o homem que comanda os homens armados.

- Estamos perdidos... - murmurou enquanto balançava a cabeça negativamente.

E ele falava que eles tinham um "parente". Adam apenas franziu o rosto e esperou o professor dirigir a palavra a eles. Ele tinha experiência com líderes malucos e sabia que não deveria falar antes que lhe dirigissem a palavra.

#Se Zoe podia o que?! Ela já não ouvia mais nada... As vozes abafadas pareciam apenas uma lembrança do que era a realidade. O sol parecia torrar cada célula do seu corpo e todas protestavam contra isso. Calor, dor e agora o maldito mal estar... Sentia o gosto amargo lhe encher a boca. Era só o calor, ou tudo lhe parecia esquentar mais?! Como assim continuar andando?!#

#Era só o que podia fazer... Com a ajuda do Tenente se colocava novamente de pé e arrastava-se a cada passo... hora de quatro... hora usando as mãos como apoio... o que não fazia muita diferença diante das quedas. Cada neurônio fixo em continuar andando... Continuar andando... Vozes estranhas... Pessoas... Parecia um acampamento? Dane-se... Parecia um bom lugar pra finalmente desmair e assim o fazia, ainda a poucos metros de onde o homem esbofeteava o coitado do pirralho.#

Sentia um alívio por ouvir que havia possibilidades de seu pequeno estar vivo. Observou o que ele apontou e por fim percebeu a presença dos estranhos ali. Alicia esforçou-se pra levantar, fê-lo devagar e aos poucos conseguiu apertando os olhos na direção dos outros, dava pouca importância, estava absorta, mas estava viva, isso já era grande coisa pelo que Bors contava-lhe. A reação de Bors quanto ao pequeno Neo fê-la da um passo a frente, não poderia fazer muita coisa, mas definitivamente aquilo não tinha sido agradável a ela. Olhou pra o garoto ignorando os outros inicialmente. Parentes? Alicia aproximou-se deles olhando na direção dos outros.

-Não os conheço, Bors.

Dirigiu-se até o garoto abaixando-se e sorrindo pra ele. Ah sim, ele lembrava o pequeno e isso não passaria de forma tão simples. Passou a mão na face dele onde o tapa foi certeiro. Olhou rapidamente pra Bors deixando claro que discordava de suas ações. Mas logo levantou-se encarando os outros.

-Sou Alicia e vocês são...? Bom como o único parente vivo que tenho é meu filho não imaginaria ter outros...