Capsula nº 553 - A 85 - Adam Melbourne

com"- Tudo bem.. tudo bem chicano.. vamos abrir. – Sem prévio aviso ele batia com o pé de cabra contra o vidro do painel. Sem resultado. O segundo golpe era dado ainda mais forte. De nada adiantava.. – Essa merda da emperrada porra.. – O pé de cabra era fincado contra a porta.. Pablo ainda tentara avisar e impedir que o amigo fizesse o movimento, mas era tarde. A descarga elétrica era dada e o pé de cabra servia como condutor. Tony não conseguia soltar o pé de cabra. O cheiro de carne assada espalhava-se pelo lugar em meio aos gritos do homem que sangrava pelas órbitas. Os olhos esbugalhados saltavam do rosto enquanto ele urinava-se. Já não haviam mais gritos apenas o corpo carbonizado que insistia em manter-se preso ao pé de cabra.. Pablo ainda gritava encostado na parede. Tinha medo de encostar no amigo e levar o choque por condução."

Despressurizar. Fora tudo tão rapido e imediato. Medições de marcações corporeas, linhas cerebrais, O liquido que se esvaia pouco a pouco a conciencia que ia voltando lentamente junto as dores do acordar. A sensação de enjoo causada pelo tempo em inercia. Aos poucos as agulhas eram retiradas, e o oxigenio introduzido. O vidro que resguardava a parte frontal da capsula fora retirado e o odor existente na sala se fazia sentir. Leve.. mas aquele lugar não cheirava a poeira apenas. Talvez pelo corpo fossilizado que se encontrava aos pés da capsula.

Re: Capsula nº 745-X 35 - Subsolo 7 - Zoe McCurdy
"Ela ainda tentava abrir a porta, quando em meio a escuridão, um par de olhos vermelhos poderiam ser vistos. Um cheiro forte e citrico, como o de suor se espalhava. O respirar forte tambem era escutado. E vinha da parte escura do corredor. Então o guinchar. Alto.. que ecoava por toda a estrutura. Chegaria ao terreo, pela intensidade, partindo vidros do corredor. Ele saia das sombras. Os olhos vermelhos fixos na mulher diante dele... o Guinchar novamente e as frestas de luz exibiam as presas do animal que agora saltava na direção da médica. A porta metálica cedia, enquanto o ruido das garras cravando contra o concreto e metal das paredes podia ser ouvido."

O líquido viscoso ia descendo e o homem ia aos poucos “revivendo”. Arregalou os olhos, se debateu. Estava desesperado, como quem acorda de um sonho ruim dentro de uma piscina. Demorou alguns segundos para perceber que, apesar de estar imerso em algum liquido estranho, o ar de alguma maneira entrava nos seus pulmões. Como toda pessoa que está acostumada a usar lógica aos poucos foi deixando de se debater e tomando consciência do que estava acontecendo. “Estou imerso mas respiro”. Sentiu os tubos deslizarem para fora do seu corpo. “ Isso me mantém vivo” . Lógica. A dor por seu lado não obedecia a lógica. E a saída dos tubos e agulhas não impediam que ele tentasse, em vão, gritar. Aos poucos as memórias corriam por sua mente, e mais uma fez a capacidade de pensar de maneira lógica fez com que ele se recordasse dos acontecimentos. A guerra, os planos o projeto. O liquido descia e ele tentava abrir os olhos. Para sua surpresa o que via era breu. Nada de luzes fortes e enfermeiros para ajudá-lo. Nada de militares só esperando ele acordar para levá-lo para prisão. As coisas tinham acontecido exatamente como ele achava que aconteceriam. O liquido baixou, a porta abriu e o homem caiu languido e nu no chão. “Estou vivo” ele pensava enquanto tinha um ataque de tosse “vivo” e a tosse se tornou um ataque de risos. Ele girou o corpo encharcado para o lado, ficando de barriga pra cima enquanto gargalhava. Quando finalmente parou de rir, passou os olhos pelo recinto e viu a ossada largada no canto, não pode se segurar, sorriu, riu, gargalhou....

Demorou um tempo para o homem se refazer. Lutou contra o desuso dos músculos , mas sabia que era uma questão de tempo até poder recuperar as funções. Sabia de detalhes do projeto. Sabia que nada iria atrofiar e que nada iria se perder. Ficou de pé com dificuldade, caminho trôpego até o armário no canto da sala, colocou o código no cadeado e eis que se abria sua caixa do tesouro. Roupas e os documentos. Calça, botas, mais de uma camisa, equipamento básico de sobrevivência ( que o mestre vai nos passar posteriormente) e o que ele mais esperava. Um pequeno cantil prateado, típico de quem bebe whisky e uma caixa com 8 charutos. Se vestiu com alguma pressa, não poderia afirmar que os outros estariam vivos e, se ele foi acordado, alguém estava por perto. Jogou tudo na mochila e quando ia amarrar as botas ouviu o barulho estridente que cortava o corredor. Sair dali. Era isso que ele precisava fazer.

E o fez. Saiu pela porta entre-aberta do recinto onde sua cápsula residia e foi andando apressado mas cuidadoso. Se tivesse sorte o que estava ali comeria algum dos adormecidos.

Adam conseguia se recompor. Pegava seus objetos e então saia da sala. caminhava por um corredor vazio e escuro enquanto podia sentir o cheiro de coisa morta... e pelo odor, era morto ha pouco tempo. os sapatos pisavam em coisas viscosas.. mas ele seguia o caminho na direção de onde parecia haver alguma luz.
Dava de frente com um homem que saia armado da sala. A pistola agora apontava para seu peito, enquanto ele arrumava a mochila sobre as costas.

Re: Capsula nº 589-B 12 - Subsolo 4 - Abgail Howard
Saia pelo corredor escuro e então ouvia passos.. a arma engatilhada era apontada para o breu, ate que a silhueta de um homem surgisse diante dele.

- Quien és?! - Perguntava assuistado.. entre olhar para a mulher.. e para o novo integrante. De baixo mais sons ensurdecedores daquele animal. - Hasta La vista.. muchachos..